Na MEO/ALTICE quando ainda decorre o prazo para as inscrições voluntárias (até 31/07), torna-se necessário esclarecer e denunciar de forma veemente e pública o desrespeito por princípios fundamentais de transparência, boa-fé, liberdade de decisão e respeito pelos trabalhadores.
A Administração assumiu, em reunião com as ERCT - Estruturas de Representação Colectiva dos Trabalhadores - que este Programa seria de adesão voluntária e que apenas os trabalhadores que manifestassem interesse em sair seriam contactados pelos Recursos Humanos (RH) para eventual acordo.
No entanto, tem vindo a verificar-se uma actuação que contraria essa premissa, em particular, após a “Sessão de Esclarecimento”, realizada no passado dia 18 de Julho, pelos RH, certamente porque não estavam a conseguir o número de voluntários que pretendiam, diversos trabalhadores têm reportado ao Sindicato contactos e pressões indevidas por parte das suas hierarquias no sentido de aderirem ao Programa, recorrendo sistematicamente a argumentos alarmistas e manipuladores, tais como:
- A iminência de medidas de reorganização mais agressivas, caso o número de adesões não atinja os objectivos pretendidos pela Administração;
- A ameaça de que a inteligência artificial (IA) tornará muitas funções obsoletas, tornando “inevitável” a saída de muitos trabalhadores mais tarde e em piores condições;
- A ideia de que a empresa precisa de menos trabalhadores e de perfis mais “modernos” ou “qualificados”, criando um ambiente de instabilidade e incerteza e estigmatizando os mais velhos.
Estas mensagens, proferidas sob o disfarce de esclarecimento, configuram uma forma censurável de coacção psicológica, violam o espírito voluntário do processo e colocam em causa a confiança entre ERCT e os trabalhadores e a gestão, incluindo a COMEX.
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