Mais de 3 milhões de trabalhadores pararam! Muitos foram trabalhadores das empresas de Correio e Telecomunicações.
Após a realização de sessões de esclarecimento, plenários, conversas, distribuição de comunicados, os trabalhadores conscientes da gravosa proposta do governo, disseram Não ao Pacote Laboral.
A verdadeira expressão de quem trabalha, a sua exigência, a sua vontade, está no número de trabalhadores que pararam a sua actividade e aderiram à Greve Geral.
O SNTCT envia a todos os trabalhadores uma forte saudação. Uma saudação particular aos jovens trabalhadores. Muitos assumiram e exerceram pela primeira vez, o direito à greve.
Juntos, assumimos enquanto trabalhadores, a nossa condição de classe. Lutámos no dia 11 de Dezembro, por uma vida melhor.
Mas esta Greve Geral não foi o culminar da nossa luta, continua a ser necessário prosseguir o esclarecimento e mobilização até que as medidas extremamente gravosas que o governo PSD/CDS, apoiadas por IL e CH deixem de estar em “cima da mesa”.
O conteúdo deste pacote laboral, se se concretizasse, significaria um profundo retrocesso nos direitos de quem trabalha, desde logo com:
- A normalização da precariedade e a perpetuação da incerteza e da insegurança; mais
- um ataque às famílias, aos pais e às crianças, à conciliação entre a vida pessoal e
- familiar com a vida profissional.
- O colocar nas mãos dos patrões a gestão da vida de cada um de nós. O banco de horas,
- impondo mais duas horas por dia, 10 horas por semana à mercê dos patrões, significa o
- trabalho a singelo, sem direito a pagamento, como se cada um de nós trabalhasse para
- aquecer!
- Os despedimentos ainda mais facilitados, com a agravante de, reconhecido o
- despedimento como ilícito, mesmo assim impedir a reintegração do trabalhador,
- consumando o despedimento sem justa causa.
- O ataque á própria democracia, limitando a liberdade sindical e impedindo os
- trabalhadores de terem acesso à informação.
- A contratação colectiva passar a ter a caducidade automática ao fim de quatro anos.
- A limitação do direito à greve, mais um ataque que não deixa dúvidas a quem serve este
- pacote laboral.
Comunicado completo AQUI
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