Apesar dos compromissos assumidos quando da assinatura do CCTV, a direcção da ANTROP tudo faz por não os cumprir, adiando assim respostas a reivindicações dos trabalhadores.
Relembramos que houve dois pontos que ficaram com calendarização o da redução do intervalo de descanso e o tema das refeições, assim como o compromisso, de em cada empresa, se discutir a migração dos ex. AEs para o novo CCTV.
Face à posição da direcção da ANTROP, o STRUP/FECTRANS irá realizar plenários nas empresas abrangidas pelo CCTV ANTROP, para informar os trabalhadores e discutir o que fazer para defender as reivindicações dos trabalhadores.
Pretendemos que haja respostas para as 4 principais reivindicações dos trabalhadores, em concreto:
Redução do Intervalo de descanso – Esta é uma reivindicação antiga, que fez parte do conjunto das reivindicações das greves de 2021, anteriores à assinatura do novo CCTV sectorial.
É nesse sentido que foi assumido o compromisso que a partir de Janeiro de 2023 se voltaria a discutir o tema, mas a resposta da direcção da ANTROP é sempre a mesma, de que os associados não aceitam esta redução porque traz custos para as empresas.
Esta é uma falsa questão porque há empresas do sector que já reduziram para as 2h30m e hoje não querem discutir uma maior redução, porque se defendem que não podem ficar em desvantagem com as que ainda não fizeram nenhuma redução.
Por outro lado, há já muitas empresas que o intervalo é de duas horas (área metropolitana de Lisboa), pelo que não faz sentido esta diferença e, torna-se urgente, o reforço da mobilização para a redução do intervalo de descanso para as duas horas, em todas as empresas.
Valores das refeições – O valor das refeições no CCTV da ANTROP continua a ser o mesmo de 2022, ao contrário das empresas do grupo TRANSDEV em que esse valor, por negociação, tem sido aumentado todos os anos, havendo também empresas do CCTV ANTROP que pagam valores mais elevados.
A primeira proposta da ANTROP foi de instituir dois valores com regras diferentes, um para os trabalhadores vindouros mais elevado e para os actuais, manter um valor similar ao actual, o que não aceitámos.
Apresentámos uma proposta de (valor) para actualizar o valor do subsídio de refeição actual para todos os trabalhadores e a resposta é que terão que analisar isso com os associados da ANTROP, não se sabendo quando irá, e se irá, haver uma contraproposta que permita se evoluir para um acordo.
Para pressionar a ANTROP a deixar de “empurrar com a barriga” a resolução deste problema que os trabalhadores querem ver resolvido, temos que nos mobilizar e, unidos, exigir aquilo a que os trabalhadores têm direito – Um subsídio de refeição digno, que faça face aos brutais aumentos na restauração.
Abono para falhas – Muitos trabalhadores têm reclamado do Sindicato que se negoceie esta matéria, tendo em conta a organização do trabalho, pelo que a mesma vai passar a ser uma reivindicação colectiva.
Mas de certeza que sem pressão dos trabalhadores, esta reivindicação não passará do papel, pelo que é necessário que cada um assuma a mobilização em torno desta matéria.
Migração dos ex. AES – Apesar do compromisso de se discutir em cada empresa a migração dos trabalhadores dos ex. AEs para o actual CCTV, sem perda de direitos, isso só aconteceu onde os trabalhadores se mobilizaram e lutaram por esse objectivo.
Na Rodoviária do Alentejo, nas empresas do grupo Tejo entre outras, houve o compromisso da ANTROP ver com as respectivas administrações a concretização desta medida, ela até agora não passou do papel.
Esta reivindicação está actual e é preciso vontade das administrações em resolver este problema de uma vez por todas, nos mesmos moldes em que foi feito nas empresas onde os trabalhadores lutaram, caso contrário só resta aos que ainda estão discriminados, mobilizarem-se pela concretização desta sua justa reivindicação.
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