CP Negociacao ColectivaNo seguimento da posição sindical aguardamos os textos que nos irão enviar, no sentido de se formalizar o acordo na base da proposta apresentada pela administração da CP em 16 de Julho.

A proposta que nos foi apresentada aproxima-se, quase na totalidade, das medidas que constam no relatório para a reestruturação das grelhas salariais na CP, que resultou da negociação no âmbito do grupo de trabalho constituído por representantes dos sindicatos e da administração e traduzidas no seguinte:

  • Janeiro de 2025 – Reposição da diferença em cada índice, com o SMN – Salário Mínimo Nacional em 2028; (tabela no comunicado)
  • Redução dos tempos de permanência nos índices com efeito a 1 de Janeiro de 2025;
  • Nova actualização salarial de 4% em Julho deste ano. (tabela no comunicado).

Apesar de muita insistência, a administração não cedeu no ponto do relatório que considerava que os aumentos da negociação de 2025 (que se traduziu no acto de gestão de 34€) não deveriam ser incluídos na actualização extraordinária de Janeiro.

Considerando que o arrastar da negociação apenas prejudicaria os trabalhadores, fomos também da opinião em avançar para o acordo com a administração, de modo que, o mais rapidamente possível os trabalhadores possam ver fruto da sua luta.

O resultado agora alcançado foi fruto da luta dos trabalhadores da CP, que teve a expressão máxima nas greves de Maio, com uma adesão forte que há muito não se via.

Com essa determinação e combatividade dos ferroviários, obrigou-se a que a administração e o governo deixassem cair as dificuldades que diziam existir e ir ao encontro das reivindicações dos trabalhadores.

No entanto precisamos de ir mais além, para evitar que num curto espaço de tempo estejamos na mesma situação de achatamento dos salários relativamente ao SMN, para que se tornem ainda mais atractivas a progressão nas carreiras profissionais e para se criarem mecanismo de progressão, fora da carreira, para os trabalhadores que atinjam o topo, tal como acontece já hoje nalgumas empresas do sector.

Há muito tempo que afirmamos que o problema da falta de trabalhadores se combate com o aumento significativo dos salários e por isso há muito que apresentávamos propostas nesse sentido, que eram confrontadas com argumentos de que eram irrealistas.

Mas insistimos, fomos incentivando à unidade ampla dos trabalhadores, que acabou por ter reflexo nas mesas de negociações e ficou demonstrado que, com unidade e luta, é possível!

Comunicado completo AQUI

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